Top Five Piores e Melhores Pilotos que eu já Li - Parte 1

sábado, 6 de junho de 2009





Falar de pilotos sempre fora um assunto delicado. Como já se tornou clássico em diversos comentários sobre pilotos, uma série pode muito bem nos apresentar um piloto excelente, bonzinho ou razoavelmente bom, que a partir do episódio seguinte pode mostrar uma perda de qualidade bastante considerável. Assim também ocorre o efeito contrário, onde várias séries por se tratar de inexperiência de alguns autores, apresenta um piloto morno, ruim, de péssima qualidade, mas se o autor se mostra competente conforme for adquirindo experiência, a série se sobressai perfeitamente. Logicamente isso é muito mais fácil de ocorrer em se tratando de séries virtuais, onde ninguém recebe milhões para escrever e muita gente está começando, diversas vezes ainda preso a forma literária.

Mas também não devemos fechar os olhos para tudo, obviamente pelo crescimento e popularização do nosso mundo virtual, inúmeros “autores” se aventuram na área justamente por ter lido determinada série, percebido que algumas pessoas gostam, comentam, elogiam, ou pelo número de pessoas na comunidade e números de séries existentes, o que obviamente o faz entrar nesse ramo apenas por puro embalo, nos apresentando séries de péssimas qualidades, encontro de comadres nos comentários e a maioria deles trocam de séries como trocam de roupas.

Mas não estou citando alguém especificamente, portanto, não vamos vestir a carapuça e fazer disso uma tempestade, confie em seu taco, ou aprenda a ter bom senso.









Atenção: O Top trata-se única e exclusivamente de PILOTOS, o que não quer dizer que o autor seja uma droga ou que a série em si seja, e mais claramente, se trata do MEU gosto pessoal, não é um TOP 5 do blog, como teve diversos aqui, tampouco da comunidade e sim, MEU Top 5, o que obviamente muita gente pode discordar.


5 – OUL!







Em meus comentários na comunidade, e mesmo sendo amigo pessoal do autor, OUL! Se propôs a ser uma comédia que nunca foi engraçada. Talvez algumas tiradas em episódios seguintes, conseguiram no máximo tirar um sorriso de meus lábios, mas nunca consegui rir de fato, como algumas pessoas que comentavam nos episódios faziam.

Mas falando do piloto especificamente, o ponto mais fraco do mesmo foi a tentativa de alcançar riso no absurdo. Séries de comédia tem que nos fazer rir naturalmente, situações forçadas já estão tão manjadas que as únicas gargalhadas que se ouve é do efeito sonoro a cada piada. Mas Oul! Extrapolou no que diz respeito a situações forçadas. Um dos protagonistas, Room, é um adulto tão, mas tão infantil que chega a dar raiva só de pensar como alguém consegue rir disso.
Para você ter uma idéia, ele brinca com bonecos, entra na geladeira e congela, convida os convidados importantes de sua esposa numa festa em sua casa para brincar de papai e mamãe e não, isso não é no sentido malicioso de ser e sim, brincar literalmente de papai e mamãe.

Olha, se é para forçar um personagem a ser engraçado, que seja o clássico BURRO e desmiolado, do que infantil, pois para um personagem que beira os 40 anos de idade, é terrível imaginar que alguém consiga conviver seriamente com ele, muito menos casando-se com uma jornalista conceituada.

Todo o piloto foi ruim, mas me mantive fiel na leitura da série até a mesma entrar num eterno hiatus após o término da segunda temporada que teve somente 4 episódios. O que posso dizer é que sim, continuou forçado, mas a infantilidade do mais infantil foi bem mais ponderado.




4- Crazy










Tá aí mais um exemplo de como não se deve fazer comédias. Independente da minha rixa com o autor (Há autores que eu não me dou bem, porém reconheço que escreve super bem) Crazy me chamou a atenção pelos vários elogios a seu piloto na sua segunda estréia (já teve uma antes), então resolvi conferir, com a mente aberta, tentando não me influenciar e constatar que realmente aquilo era bom.

Mas não foi o que aconteceu. O que vi, foi novamente uma tentativa de fazer uma comédia com situações forçadas, porém dessa vez a infantilidade dando lugar à burrice de alguns personagens
(embora também adultos eles não pareciam) como disse ali em cima, mas nem isso funcionou. Na verdade é impossível ler o piloto e não associar com Friends, o que fez com a responsabilidade do autor em provocar risos fosse grande, mas sequer o piloto chegou a ser gostoso de ler.

Não houve uma situação que me fizesse rir ou também sorrir em algum momento e lembro de ter comentado com algumas pessoas no
MSN enquanto lia, que, ou era realmente difícil de fazer rir e crítico por demais, ou as pessoas que são animadas ao extremo e pouco exigentes. Para meu alívio, naquele momento, não era somente eu que havia achado ruim e sem graça o piloto de Crazy.

Não continuei a ler a série, mas o autor em si decretou pela segunda vez o seu fim no segundo episódio, parece.




3 – The House.








Alguém lembra do Shippou? Muito provável que os mais antigos da comunidade lembram, Shippou era um rapaz com uma auto-estima lá no alto, que adorava criticar séries teens, mas não sacava que ele mesmo não sabia escrever.

The House não era sua primeira tentativa ruim, mas é justamente dela que irei falar. Lembro que na época de seu lançamento, o ECL ainda estava no auge, e na sua primeira versão, onde era atualizada com freqüência e possuía uma equipe de uns 8,9 ou 10 comentaristas. Eu como não me envolvia muito naquela época, fiquei de fora, mas havia escrito uma review para o piloto e ia mandar para ou o Ramon ou Thiago MB publicar. Bom, não faço idéia do por que não ter mandado, mas o review continuou aqui comigo, então, vou colar alguns pedacinhos da mesma para vocês terem uma idéia de como eu havia “adorado” o que tinha lido.


“Antes de falar sobre o episódio, devemos destacar a abertura da série. Realmente, o autor pode-se dizer inovador, pois nunca vi nada parecido em toda a minha vida. Isso quer dizer que se destaca positivamente? Absolutamente, não!
A abertura de “The House” é a coisa mais trash e de mau gosto que eu já vi. A começar pela duração, 3:02 minutos o que já é entediante para qualquer um acompanhar. Temos de inicio um filme caseiro e mal feito, onde um rapaz anda pela casa e um boneco cai em cima dele. Depois são mostradas incansáveis cenas de Cristiano Ronaldo em campo. Mas o que mais me incomodou realmente, foi o sadismo e mau gosto ao colocar cenas de pessoas sendo mortas e torturadas de verdade. Me pergunto, que emissora aprovaria uma abertura, mesmo que seja montagem de pessoas sendo torturadas? Braços arrancados, cabeças decapitadas? Típica abertura que você não precisa ver mais de uma vez ou parar pela metade.

Após a torturante abertura, somos apresentados ao protagonista da série, nada mais, nada menos que “The House”. Sim, a casa que servirá de cenário para os mistérios envolvidos na trama. Logo temos uma narração que só o autor sabe quem fez, já que em momento algum temos indícios de que é o autor da voz, já que sua narração em off, não envolve nome de personagem ou ator.

Uma pergunta que fica: Se “The House” é a casa onde todos os possíveis mistérios acontecerão, onde está a descrição do cenário que a envolve? Sabemos que é uma casa, mas onde ela fica? Num lugar isolado, ou perto de uma colônia? No alto de um penhasco ou perto de alguma praia? O autor pecou ao não nos descrever o envolto da casa, uma vez que “ela” seria a mais importante da série”.


“Por fim, temos o avião das gêmeas Olsen prestes a cair, e com a frase hilária do comandante:
Comandante: Quero que vocês mantenham a calma, e não comentem com ninguém, não quero um colapso dentro desse avião. Vocês iram agora, distribuir os remédios que ajudam os passageiros a dormir, para todos. Não quero ninguém gritando a hora que cairmos. Que Deus nos ajude.


Ele disse isso sério? Bom, com um avião prestes a cair, é obvio que o comandante não teria espaço para ser sarcástico. Então que avião conseguiria dar pílulas para que seus passageiros pudessem dormir e morrer sossegado? Detalhe: O avião já estava caindo, segundo o comandante, então não era para a tripulação já estar em pânico? Quem conseguiria tomar qualquer tipo de comprimido? E mesmo que não tivesse, quem iria tomar uma pílula à toa?

Então o episódio termina com a frase da aeromoça:
Aeromoça #2: Não se preocupe Comandante, nós acreditamos no senhor.


Muito dedicada e confiante ela, ao acreditar no comandante que nada poderia fazer caso o avião venha realmente se espatifar no chão”.


Fala sério! E olha que esses foram os pedaços mais importantes, mas as críticas que havia feito envolvem cada parágrafo que li. E só pela bizarrice de ver Cristiano Ronaldo, super ocupado com jogos que duram o ano todo, tendo tempo para fazer uma série, interpretando ele mesmo, numa desculpa bizarra para tirar férias e ir para a tal de The House, ver as gêmeas Olsen interpretando elas mesmas, também fazendo papeis ridículos, não era realmente de se esperar que algo bom saísse dali. E claro, não me dei ao trabalho de acompanhar o segundo episódio, e pra dizer a verdade nem lembro se teve realmente, acredito que como sua outra série, e a maioria do ramo, Shippou cancelou a mesma sem sequer exibir 3 episódios.




2- Vida de Astro.










Segundo lugar do nosso top Five, essa nem pessoas menos críticas como Dibiel conseguiu engolir. Não lembro quem era o autor, mas não era possível que alguém com mais de 12 anos tivesse escrito aquela coisa. O piloto é inteiramente bizarro, melhor dizendo, infantil ao extremo.

A série contava a vida de jogadores conceituados do Roma
(Como também se os mesmos tivessem tempo para fazer uma série) na época, mas que em momento algum tinham cabeça. A tentativa de humor do autor, não passou de algo constrangedor para quem estava lendo, e de tão ruim, você acaba acompanhando até o final, justamente para ter certeza que realmente alguém conseguiu escrever algo do tipo.

Só para ressaltar e não dizerem que estou, falando, falando, falando, mas não dizendo nada, segue algumas cenas chupadas da crítica feita por Dibiel aqui mesmo no ECL e que tem meu total apoio:
"Eles andam e chegam a um enooorme jardim onde, havia uma galinha que batiam e ganhavam balas, um super aparelho de som tocando Xuxa, e uma mesa com um bolo de chocolate e um escrito parabéns Roma pelo titulo, o resto do time dançando a ciranda cirandinha"


"- Droga no relógio eram nove horas, mas ainda são 21 horas, e... Droga o relógio só vai até doze fomos enganados quero um que esteja certo, vá até 24 horas – Diz Juan

- Nossa é mesmo vamos denunciar essa tal de Nike que nos enganou? Deve ser uma marca muito ruim mesmo – Diz cicinho

- Claro – Diz Juan"

Preciso dizer mais alguma coisa? E claro, a série também não passou de seu piloto.



1 - Gambers














Então temos o nosso vencedor. Sério, na época nunca tinha lido algo tão, mas tão ruim como o piloto de GAMBERS. Talvez hoje tenha coisa pior, a Jana já me disse em uma leitura que determinado piloto tava pior que Gambers e até mesmo Vida de Astro pode se sobressair para várias pessoas que fossem fazer algum comparativo.

Mas pra mim, esse piloto teve um sabor especial. Foi a primeira crítica pesada que fiz à uma série virtual num tópico de comentário, mas foi tão grande e pesada que devia ter uns 10 posts só de críticas, tanto que o autor sequer respondeu as mesmas e no dia seguinte anunciou o cancelamento da série. E junta também que no mesmo dia, o autor foi três vezes me cobrar no meu scrap um comentário sobre o episódio, como se eu tivesse todo o tempo do mundo disponível. Coitado, se soubesse o que viria a seguir, talvez jamais teria passado por meu perfil.

E não havia sido apenas eu a criticar, até mesmo os mais bobinhos que achavam graça de tudo, falaram mal, menos o Ramon, que por ser estreante na área, confessou mais tarde que havia dito que gostou, justamente por não ter jeito ainda para essas coisas, o que culminou de até hoje eu brincar com ele por causa desse elogio descabido.


A ruindade do piloto começa com sua premissa forçada, 5 amigos
(ou 6, não lembro ao certo, faz tempo) que se conheceram no jardim de infância (!) e após esse período perderam contato, se reencontram após uns 30 anos +ou- e interagem como se nunca tivessem se separado, voltando a serem amigos como antigamente.

Os personagens adultos, na casa dos 30 e poucos, 40, agem como se fossem adolescentes, com diálogos chulos, típico de quem não tem absolutamente nada para dizer. É o que eu sempre falo, de que adianta criticarem tanto as séries teens, se ao tentar criar uma série adulta, a única coisa que muda é a faixa etária dos personagens? A cabeça, ações, situações e diálogos continuam como se fosse de uma pessoa de 15 anos menos madura, o que muda é a apenas a idade.

Para piorar as coisas, além da cabeça dos personagens, em um único dia os 5 que foram apenas coleguinhas do jardim, se reencontram e lembram uns dos outros só de relacionar o nome e sobrenome ou por achar parecido, ou por ter visto determinada tatuagem. Ou seja, alguém aqui mesmo que se lembre de quem estudou na infância
(Sério, eu até lembro de bastante gente do pré) conseguiria reconhecer a pessoa se encontrasse na rua após 20, 30 anos, como se durante esse tempo todo ela nunca tivesse engordado, mudado a feição do rosto, cabelo, crescido, diminuído (haha), ou sei lá o que? A ligação que tiveram em um ano apenas no jardim da infância, fora tão grande que seria incapaz não reconhecer caso passasse do seu lado? Ou somente por dizer uma coisa, você conseguiria lembrar de tudo que haviam vivido?

Sério, até brincar de “Eu Nunca”
(típica brincadeira de adolescente nos EUA, onde uma pessoa diz Eu nunca fiz determinada coisa, se você fez, ou não fez, não lembro, você bebe o que está no seu copo) os trintões fizeram, só faltou pularem ciranda, cirandinha como em Vida de Astro.

No final, faltou 1 dos amigos para ser encontrado e um dos protagonistas, relacionou a feição do filho de uma delas
(puta memória do cão!), a ele, terminando nesse suspense, que obviamente me fez ficar de boca aberta, sim, boca aberta de tamanha ruindade que aquilo tinha sido. Bem fez o autor em cancelá-la, pois com tantos pontos negativos, não seria de fato possível consertar, a não ser que começasse tudo outra vez.

Mas quem quiser dar uma olhada na bizarrice, o piloto ainda perambula por aí:
http://seriegambers.blogspot.com/2007/09/1x01-pilot-part-1.html

Apenas aperte ctrl + para aumentar o texto minúsculo, ou cole no Word, pegue a coca-cola, a pipoca e principalmente a paciência e delicie-se com esse primor.






E assim termina meu
TOP FIVE dos piores pilotos que já li. Até iria colocar o TOP FIVE melhores hoje, mas como o texto ficou bastante extenso, achei por bem dividir em duas partes e postar amanhã, ou depois, ou depois, a parte 2.

Para os menos experientes, fica a dica para não cair no absurdo, releia, refaça, mande para várias pessoas antes de lançar
(de preferência não amigos e sim pessoas mais críticas e que já estão no ramo) para que, se não chegar a ser bom de fato, que pelo menos não chegue a ser considerado ruim de doer.

E para os mais experientes, o piloto antigo, é o piloto antigo, passou, você cresceu, hoje sua obrigação é fazer algo que no mínimo valha a pena ler. Por isso as vezes é bom ser exigente e chato consigo mesmo.

Até breve.


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