Candy 1x01 - Piloto

terça-feira, 25 de janeiro de 2011


Olá meus amados leitores! Antes de qualquer coisa, feliz 2011 e que tudo de bom se realize na sua vida e blá, blá, blá, blá, blá, blá!!
Estou feliz em atualizar o blog, já que ultimamente ele tem se atualizado uma vez por semestre (claro que me isento da culpa, huh? Sem notícias, sem poste)...

Poderia começar fazendo uma retrospectiva 2010 sobre os melhores acontecimentos do ano, mas acontece que em 2010 não aconteceu absolutamente nada, a não ser a estréia de uma, ou duas séries, que também pararam no tempo.

Graças a isso, houve uma intimação na comunidade para a movimentação de nossos antigos membros (afinal, os melhores continuam aqui) e quem sabe, a gente acabe por atualizar nosso bloguinho pelo menos cinco vezes no ano.

Então chega de bobeira e vamos direto a nossa crítica! 



Milagrosamente depois de 100 anos planejando seu novo seriado, nossa amiga Lívia (Rachel) está de volta!! Eêeeee
Pra quem não conhece, Lívia foi autora do seriado Confusions in NC, lançado em 2009, se não me engano e cancelado após 8 ou 9 episódios exibidos.
Após algum tempinho sumidinha, quase 1 ano da abertura do tópico de divulgação, eis que ela ressurge para lançar o piloto de sua nova aposta “CANDY”, série que conta a vida de jovens que se reencontram depois de 6 anos, em um bar que freqüentavam quando ainda estavam no colegial.

Premissa interessante, que eu gosto, agora, se o piloto correspondeu a expectativa deste mala que vos escreve, só lendo abaixo:

“ATENÇÃO AMIGUINHOS, ESSA CRÍTICA POSSUI UM TRILHÃO E MEIO DE SPOILERS, SE VOCÊ NÃO LEU E NÃO QUER SABER O QUE VAI ACONTECER, PULE IMEDIATAMENTE PARA A ÚLTIMA LINHA... MAS SE NÃO SE IMPORTA COM NADA DISSO E APENAS GOSTA DE SE IRRITAR COM O QUE EU ESCREVO, NA ESPERANÇA QUE EU NÃO JOGUE INDIRETAS A SUA PESSOA, ENTÃO ME ACOMPANHE NESSA AGRADAVEL LEITURA”

Logo de cara, Candy ensina uma lição para os autores que há tempos não escrevem... Leiam alguns episódios de alguma série (de preferência boa)... Porque assim, como muitas coisas na vida, a gente dá certa enferrujada se fica muito tempo parado. Eu mesmo necessito reler pelo menos 10 episódios da 3ª temporada de Descobrindo para poder voltar a escrever e não cometer erros de continuidade e roteiro.

Mas por que dei Candy como exemplo? Não sei se foi intencional da parte de autora, mas ao comparar o roteiro do piloto de sua primeira série, com este aqui, é notória uma enorme diferença, com direito até mistura literária.

Se a parte que mistura livro com roteiro foi intencional, eis aqui a primeira bola fora da série, uma vez que prego aos quatro cantos que série virtual consiste numa escrita diferente.

Coisas como...  “Em Upper West Side as coisas costumam ser um pouco, quente demais...” não pode acontecer a não ser que exista um narrador em off, ou legenda, coisa que o roteiro não mostrou.

Tirando esse e alguns outros errinhos, o piloto não foi ruim, mas também não pode dizer que foi bom por uma única razão... Ele simplesmente deu takes de apresentações dos personagens, um certo reencontro e fim! No máximo daria uns 15 minutos se fosse exibido numa TV. Então você não conhece ninguém e fica praticamente sem conhecer, sem se apegar, especialmente em algo que te deixe na esperança pelo próximo episódio.

A trama começa dando takes nas ruas sobre pessoas fazendo suas atividades diárias, até cortar para um apartamento luxuoso, onde se encontra o primeiro personagem, Charles. Ele é acordado por sua mãe que está de passagem pela cidade e não o vê faz tempo. A primeira impressão que dá é que ambos não se dão muito bem e que a mãe é um tanto quanto controladora. Ele também namora com Melinda, que o pressiona a noivar.

Depois conhecemos Nathan, que trabalha num restaurante, discute e agride seu chefe e se demite.

Então conhecemos Dionne, que está na cama com Justin, mas não quer brincar porque está preocupada com a volta do irmão que está na Itália. Eles não se vêem há anos.
Ela também foi casada com um velho que tinha que tomar Viagra para se satisfazer, aparentemente deu o golpe do baú no coitado. E mesmo sendo adulta, ela prefere que o irmão dela não a veja com Justin em seu apartamento. Justin, claro, fica fulo da vida, e dou razão!

Depois vamos para a academia de uma mansão, onde Yan está levantando peso. Seu pai aparece e diz que vendeu as ações da empresa que está na América (o que é estranho, uma vez que Yan revela que gerencia os negócios do pai... Se gerenciava, não saberia da venda?) e que estaria mandando-o de volta para a Rússia. Ele fica fulo, briga com o pai e diz que sobreviverá sem o dinheiro dele (o que também é estranho o rapaz como gerente dos negócios, não ter um bom capital próprio).

Então conhecemos Ava, que trabalha na redação de um jornal. Seu chefe aparece, dando-lhe de forma ríspida a notícia que ela está demitida por não desempenhar bem o seu papel. O pior de tudo é ele ainda oferecer carona para casa.  

Depois pulamos para o bar que dá o nome a série, “CANDY”, batizado pelo dono devido a freqüência da turma na época da adolescência.
Charles aparece triste no bar, depois um por um dos personagens citados acima também, acontecendo assim, o reencontro da turma. Pois é, depois de tantos anos, todos resolveram ir num único dia para o mesmo bar do passado.  
Todos riem, se abraçam, relembram o passado, a câmera se afasta e o episódio acaba.




- O tema. Adoro premissas sobre amizade e reencontro após tantos anos. E se bem conduzido, poderá render boas tramas, até mesmo emprestando o recurso usado em algumas séries do E4, onde a cada episódio conhecemos mais sobre determinado personagem. Poderíamos ter um festival de flashbacks sobre o passado de cada um.
- O lançamento de uma série em momento de seca.




- O roteiro confuso. Em determinados momentos, surgem frases como: “Destino, será que existe? E se existir, quando será que ele resolve agir? Se isso for verdade eu diria que ele está prestes a agir...” Só que você não sabe quem está dizendo, se é uma legenda que aparece na tela, ou o personagem que está narrando. E se estamos assistindo a série, essa frase não pode aparecer assim, sem mais, nem menos.

- A duração do episódio. Melhor seria se fosse uma dupla exibição, pois se fosse exibido na televisão, não duraria sequer 15 minutos. Apenas vimos a apresentação dos personagens, o reencontro e fim. Não teve um personagem com que você pudesse gostar logo de cara.

- A felicidade que todos demonstraram no reencontro. Não vou entrar na discussão do destino, mas para pessoas que se viam sempre, a ponto do bar receber o nome de CANDY por causa deles, é estranho pensar que se separam a ponto de não manter contato sequer uma vez com o outro. Mesmo que isso tenha mesmo acontecido, o que eu não duvido, porque se não fosse as redes sociais de hoje, você nem saberia que fim levou fulano que estudou contigo e era seu BBF inseparável na escola, eu esperava pelo menos uma mágoa vindo da parte de qualquer um deles, pelo fato de não ter havido contato durante seis anos. Até mesmo um ex rolinho amoroso mal terminado. Mas não, eles se abraçaram, e começaram a relembrar o passado, o que me frustrou um pouco.

- Faltou trilha sonora. Pelo menos dentro do bar, um som ambiente era necessário.




Como já disse, a premissa é bem interessante e pode levar a série a vários lugares. E como o piloto não fez questão de deixar um plot propriamente dito, apenas a apresentação de cada um, não dá para avaliar Candy como merecido. Então, o piloto fica com uma carinha e meia, de cinco. 


Um grande abraço, em especial a minha querida Lívia. E por favor, vida longa a Candy, nada de cancelamento precoce ou meses sem postagens após o segundo episódio.

PS: Em breve estarei fazendo um especial referente as desculpas mais esfarrapadas que eu, você, todos nós já demos para não postar um episódio, ou colocar a série em hiatus. Fiquem de anteninhas ligadas.

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