NÃO SEJA ZÉ!

domingo, 25 de outubro de 2009



Fala galeria super do bem \o/
Como ainda um dos poucos
(Se não o último) remanescente sobrevivente desse mundo que chamamos de “Séries Virtuais”, continuo mesmo que meio que pra lá e pra cá, a frente do blog. Como não tem séries novas para comentar (ATENÇÃO BRUNO, AINDA FALTA 1 EPISÓDIO DE CLICHÊ PARA EU LER E COMENTAR, MAS SÓ FAREI ISSO SE VOCÊ PROMETER APARECER E COMPLETAR A PRIMEIRA TEMPORADA DESSA SÉRIE) irei fazer uma série de qualquer coisa, aparecendo de vez em quando, nem que seja para cutucar nossos amigos escritores fakes.

Bom, vou começar agora com uma série de artigos intitulado de “Não seja Zé!” passando um pouco da experiência de quem já vive 500 anos neste meio para novos autores
(se ainda for sair algum) aprenderem a se comportar nesse mundo tão incompreendido e cruel que é o de seriados virtuais.

Não, não estarei aqui tentando ensinar ninguém, afinal, não sou e nunca serei o dono da verdade, mas como disse no parágrafo acima, tentarei passar apenas um pouco da minha visão como um dos autores mais antigos da safra e como um dos leitores mais chatos da década e como alguém que valoriza a alma de ser escritor de seriado virtual, tentando entendê-lo. Portanto, se você conseguir me agradar, pode ter certeza que 90% das pessoas você também conseguirá.




Antes de começar deixa eu explicar o que o Zé!
Zé é aquela pessoa que mentiram que ele sabe escrever e o coitado acreditou. Aqueles que tentam dar de entendidos mas na verdade não entendem nada sobre ser um autor de seriado virtual. Aqueles que não levam nada disso a sério, lançando episódios, séries, de qualquer jeito e achando que está abafando com meia dúzia de comentários não sinceros. E também aqueles que pensam que levam isso a sério, mas na verdade...


1 – TALENTO ACIMA DE QUALQUER COISA.

Uma das cosias mais chatas da popularização que outrora havia tomado as séries virtuais, era o surgimento de mais autores ao invés de leitores, mais propriamente dito, mais autores/leitores do que apenas apreciadores da arte. Tentando explicar direito, a pessoa não passa antes por um workshop
(Workshop? Seriously? – Sim, workshop, azar é seu se eu levo isso tudo muito á sério) de aprendizado, se tornando um bom leitor primeiro para depois se aventurar neste meio.

A empolgação por ver uma comunidade cheia, movimentada e algumas séries bem comentadas, faz com que o camarada após ler 2 episódios de uma série qualquer
(pena que muitos deles escolhem as séries erradas como espelho) se ache um autor de verdade capaz de reproduzir o mesmo “sucesso” adquirido pelo amigo autor. Então o que vemos?
Pessoas que não sabem escrever português correto, séries derivadas de algo extremamente recente
(vamos dizer, plágio descarado não é mesmo Balbord?) péssima escolha de elenco (Kk Tom Cruise aceitando fazer papel mais que medíocre em um seriado, e olha que ele é um dos mais fraquinhos que escolhem) e a famosa formação de amizade por interesse.

Eu não sou contra a descoberta do talento, afinal, tem gente que no auge dos seus 50 e poucos anos, ainda conseguem descobrir determinado talento outrora escondido, mas sou a favor que ser escritor seja algo mais complexo, que venha desde lá atrás, quando você estava começando a aprender a escrever na escolinha e de lá saísse as primeiras estorinhas que lá pelas tantas conforme fosse avançando na idade, fosse revelado algo que já estava na cara, que vinha de berço.

Então você acostumado a escrever livros, se depara com algo diferente e interessante que é um seriado virtual, lê vários episódios de séries diferentes e aí sim, resolve entrar para o meio, já familiarizado.

Digo e repito, cair de pára-quedas é tiro no pé. Escrever porque apenas gostou de como as cosias funcionam é passar vergonha
(pelo menos para quem tem no mínimo senso crítico, eu pelo menos tenho 200.000 vergonhas alheias neste meio).

Se você é apenas um tremendo fã de seriados e novelas, também não recomendo se aventurar. As chances de copiar coisas recentes camufladas são altamente altas, então veremos 500 séries sobre vampiros saindo, 200 sobre investigações, 100 sobrenaturais
(oul!, com caçadores de monstros ainda por cima HaHa) com a premissa não apenas inspirada, mas sim copiadas dos sucessos recentes da nossa telinha. Ah e sem falar do Teen, principalmente envolvendo jovens podres de ricos que não tem nada na cabeça e são sofredores. Mas o teen é tão antigo que revela, eu sou escritor de uma série assim, pois hoje em dia ta mais clichê sair séries sobrenaturais e policiais do que o famoso teen tão criticado pela nação. Porque é inevitável escrever uma série teen sem cair em determinados clichês como formações de casais inesperados e briga com os pais, mas já nesses gêneros descritos acima é mais fácil criar uma trama própria, muitas vezes diferente, mas o que vemos infelizmente é a mesmíssima premissa, faltando apenas o nome dos personagens serem iguais ao da série de TV. Por isso também sou contra ser apenas fã de televisão para ser escritor de series virtuais, quer uma dica? Aventura-se em fanfic, aí sim justifica a cópia, mas dando para si uma temporada diferente da assistida.

Portanto, se você é novato e quer lançar um seriado virtual, primeiro veja se já possui sementes plantadas como escritor amador, participe lendo e comentando bastantes séries
(da nossa comunidade que são reconhecidas, okay? Tá, das duas emissoras virtuais que estão na “nossas comunidades relacionadas” também é um bom aperitivo) e após a familiarização com o meio, lance sua série, eu terei gosto de ler.




2 – ROTEIRO, NÃO LIVRO, ROTEIRO, ROTEIRO, ROTEIRO! LIVRO? NÃO, RAIO!

Há quem não ligue para a mistura de literatura com roteiro, bom, eu digo em alto e bom som e com autoridade a mim concedida (por mim mesmo, obvio) que a série virtual escrita em formato de livro NÃO É SERIADO VIRTUAL! É apenas um livro em capítulos, sendo assim, foge do que a comunidade e todos do meio propõem.
Mais medonho é a mistura, não sabendo pra onde levar seu “episódio” pois momentos temos a série sendo narrada em primeira 3000 pessoas e momentos apenas roteirizada.


Se você quer escrever um livro em capítulos, tudo bem, abra uma comunidade e divulgue para as pessoas, mas não ouse chamar isso de série virtual. É série virtual? Então é escrita em forma roteirizada, sim, com elenco, trilha sonora, e tudo que a televisão proporciona.

Obviamente que vai ter gente que mesmo assim irá adorar sua escrita literária mesmo sendo divulgada como seriado virtual e você não estará nem um pouco preocupado com o que eu penso, mas te digo uma coisinha apenas, essa pessoa que está adorando já caiu na sua lábia faz tempo, já que você também lê a série dela, então mesmo que seu episódio e série seja uma tremenda tranqueira, esse camarada irá rasgar elogios sem igual.

Agora, tem uma coisa também... Já vi gente neste ramo tentando ensinar a forma de escrever um roteiro de seriado virtual, então te enche de abobrinhas e termos insignificantes, mas o que ele tentando dar um de entendido não sabe, é que escrever um roteiro de série virtual é mais simples do que possa parecer.

Não, um roteiro de seriado virtual
(já to me enchendo do tanto de repito essas duas palavras) não é e nem deve ser igual à de um roteiro televisivo, cinematográfico e afins.
Por isso eu reclamo de muita gente entrar no meio sem entender o que é de fato ser escritor de séries virtuais.

Vamos lá, roteiro de seriado virtual é como tudo que tivesse sendo escrito, estivesse sendo realmente transmitido, sendo assim, foge literalmente da forma crua como um roteiro de verdade é escrito, dando para o diretor fazer a devida interpretação e direção da cena como ele bem entender. Nós somos além de roteiristas, também diretores, produtores e tudo o que for de nossas séries, e o roteiro que estamos escrevendo e divulgando, na verdade é o episódio exibido naquele momento na televisão. Então, quanto mais explicativa e dinâmica a coisa for, melhor. Por isso a importância do uso de câmeras em determinadas cenas, frisando o que o telespectador
(leitor) está vendo, como também o uso de palavras como “vemos” (Vemos então uma porta abrindo), cortes, closes nas expressões dos personagens e etc. Pois naquele instante, todas as pessoas estarão vendo exatamente a mesma coisa na frente das telinhas.

Não sou contra o uso de termos
(apesar de achar alguns desnecessários e tremendamente exagerados) sou contra o roteiro escrito de forma crua, como um roteiro feito para ser entregue a um diretor. E também não existe uma forma 100% correta neste sentindo, nem algo padronizado. Eu particularmente prefiro o mais simples possível, pois pra mim enriquece a leitura e imaginação, envolvendo mais o leitor, contando também o fator de que a maioria dos autores que eu admiro neste meio, possuem roteiros simples. Mas também não deixo de ler e admirar roteiros mais técnicos que envolvem termos, há séries neste formato que eu gosto bastante, mas desde que siga o roteiro de um seriado virtual, mesmo enchendo o mesmo de termos.

Também há a desculpa de fulano escrever daquele jeito em forma de treinamento, bom, problema é de quem escreve então, faça como achar melhor, só não venha se gabar de estar escrevendo um roteiro televisivo, pois para seriado virtual, isso não está valendo nada.


Então meus queridos 5 leitores, encerro aqui essa primeira parte da nossa série “Não seja Zé”, semana que vem volto com mais pontos discutíveis, como um que gera bastante discussões, que é a escolha do elenco.

Abraço a todos e caso queiram comentar esse artigo, podem fazê-lo no tópico da comunidade, já que os comentários no blog foram fechados para evitar aparições de covardes que inventam um nome qualquer para comentar e também para que gente revoltada achando que é a última coca-cola no deserto apareça achando que estou escrevendo o texto unicamente para atacá-lo e tirar a paz de seu mundinho perfeito.




Até a próxima.




 
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