NÃO SEJA ZÉ! Parte Final.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Olá meus amados 200.000 leitores ! (ué, se tem gente achando que cliques do mesmo ip é sinônimo de leitura e sucesso, então me deixa sonhar também).

Antes de começarmos as novas matérias que a Wendy está preparando, estarei finalizando a série de matérias do Zé! e fazendo uma breve retrospectiva dos principais fatos ocorridos no fatídico ano de 2009.


Vamos começar pelo nosso amigo Zé!. Na matéria passada havia prometido falar a respeito do português correto, o tamanho certo dos episódios e acrescentarei os diálogos e algumas dicas finais.
 

Bom, eu não sou nenhum tipo de professor Pasquale, muito menos sei escrever de uma forma 100% correta, ainda me perco bastante na parte de pontuação e vírgulas
(essa última eu creio exagerar muito nos textos) e ainda não sou adepto a nova regra ortográfica (nossa gramática já é chata pra caramba, ainda inventam de mudá-la). Mas creio você não estudando letras, é até normal que não saiba como tudo funciona, afinal, um autor quando lança um livro, antes o texto passa por uma severa correção feita por especialistas, pois diversas vezes aparecem aqueles escritores que do nada, ou através de um sonho, lançam um Best Seller.

Mas obviamente que existe erros e erros, e não são todos possíveis de serem toleráveis.
Um grande exemplo que eu vejo de erros graves em inúmeras séries virtuais é o uso incorreto do
“mais”...Ex: “Mais” eu sei. “Mais” eu fui ali.
Ele estava triste,
“mais”...

Não querido, não é
“mais” e sim “mas”... “Mais” normalmente indica soma, quantidade, aumento, grandeza, sendo o oposto de “menos”.Ex: Ele é “mais” forte que eu.
Sua tristeza era “mais” pelo fato de ser rejeitado do que gostar realmente da garota.

E se tiver dúvida no emprego do “mas”, substitua-o por:
“porém”, “todavia”, “contudo”, “no entanto”.

Engraçado é que tem gente que mesmo sendo avisado, insiste no erro, e pior, tem gente que comete graves erros como esse e ataca de revisor de texto
(hahaha) vai entender até onde vai a brincadeira.

Como eu disse ali em cima, ninguém precisa saber escrever de forma 100% correta, mas coisas fora do absurdo dá muito mais credibilidade ao autor, pois eu particularmente quando vou ler um seriado virtual, paro no
“mais” e no “agente” assim que os vejo...
E pior é ler em séries de gente arrogante atrocidades como
“calÇinha”... (hahaha) Verdade, e afirmo com toda convicção que isso não foi erro de digitação.

Um conselho bom, seria o pedido de revisão para alguém ferinha em português, mas se não for possível, corrija você mesmo, use o corretor do Word
(mas atenção, pois as vezes ele entende uma coisa que na verdade é outra), digita a dúvida no google e NUNCA lance um episódio sem antes tê-lo lido por completo e com atenção após o término.


Uma boa série virtual começa por suas descrições e principalmente ótimos diálogos. Não adianta você ter uma idéia revolucionária, se os diálogos de seus personagens são extremamente pífios. Tente não cair muitos nos clichês, copiando descaradamente o diálogo de sua série preferida. Há séries que você já sabe exatamente o que qualquer personagem irá dizer, o que torna tudo um pouquinho mais chato de ler.

Os diálogos precisam ser precisos, objetivos, as vezes mesmo enrolando, precisam ter nexo, o leitor precisa associar a fala com o personagem, principalmente com o ator que o está interpretando e acima de tudo, sua idade...

Como assim, idade? Exatamente, já vi muita gente falar mal de seriados virtuais adolescentes e se gabar de escrever drama adulto, mas ao ler os diálogos dos personagens, você não consegue imaginá-los com mais de 15 anos, o que é frustrante na hora da leitura e sinceramente? Diálogos pífios é a uma das primeiras coisas a me fazer desistir de uma série virtual .

Uma boa dica é o ato da interpretação. Tente agir como se você tivesse interpretando aquilo que está escrevendo. Faça as falas dos personagens para si, mexa os lábios, imagine-se falando, imagine o ator falando... E o principal de tudo, releia, uma, duas, três, quatro, cinco, inúmeras vezes... É uma grande arma para ótimos diálogos.



Para isso não existe uma regra específica. Cada um lida com tamanho dos episódios da forma que achar melhor, porém, todavia, todo caso, evite ao máximo escrever episódios do tamanho de um botão. Ninguém merece ler algo que começa e termina em menos de três páginas do Word.

Mas também evite de começo escrever episódios imensos, para que o leitor, principalmente aquele fã de seriados, mas não fã de leitura, não tenha preguiça e se canse logo no início. E caso queira aumentar o tamanho, lá na frente não há problema, pois a partir do momento em que se tornam fãs de seu seriado, não há importância no tamanho um pouco acima, e digo de experiência, já que meus episódios muitas vezes ultrapassam a casa dos 50.000 caracteres e ainda tem gente que fala que passou rápida a leitura.

Mas não comecei assim, precisei obviamente acostumar o leitor com isso, não adianta escrever episódio de duas horas logo no piloto, que provavelmente muita gente só de analisar o tamanho vai desistir, infelizmente...

Na TVSN eles usam uma regrinha para ajudar nos tamanhos, não sei quem inventou e muito menos se está certo, mas digo que quando comecei a definir um tamanho certo para os meus episódios, me influenciei por lá, mas não é algo que precise ser seguido, fica apenas como uma dica:

12.000 a 15.000 caracteres equivale a meia hora de episódio.
15.000 a 22.000 caracteres equivale a uma hora de episódio.

Na época em que comecei a seguir, comecei com 12.000 e fui aumentando para 22.000... Hoje não consigo escrever episódios abaixo dos 40.000
(oO) mas é algo meu, que me ajuda no auxilio.

E outro ponto importante é sempre fazer de tudo para deixar o seu episódio o mais dinâmico possível, incluindo a parte dos diálogos. Mesmo que o episódio seja apenas para encher lingüiça da temporadas, apenas pelo fato dele ser gostoso de ler, já valeu a pena. E é isso que eu busco sempre fazer quando escrevo um episódio, deixá-lo dinâmico e a maioria das vezes que faça emocionar.

Rápidas dicas para se tornar um autor de respeito.

- Não faça muita autopromoção, divulgue bastante, mas em momento algum, coloque sua série num patamar que somente você e seus amigos façam, pois isso passa um ar arrogante e sem noção. Até porque fora do ciclo de amizade, quem acompanha sua série para poder tecer tais elogios que você faz questão de fazer o tempo todo? Deixe isso para as pessoas de fora, dá muito mais crédito. Eu particularmente sinto vergonha alheia desse povo que se auto promove o tempo todo, pois o único que fala da tal série é o próprio autor, mas se é famosa, onde estão os restante dos elogios? E jamais abra um tópico mandando seu amigo ou um fake escrever
“Essa série é demais”... Isso é muito sem noção.

- Não é ruim ter amizade no meio, mas tente fazer com que isso não interfira na leitura do seriado. Se for ruim, abra o jogo para o autor amigo, seja sincero, somente isso o ajudará a consertar os erros cometidos. Jamais, em momento algum busque parceria do tipo
“leia a minha que eu leio a sua”, pois 99% dos casos é brecha para falsos elogios. Busque leitores de fora, conquiste-os, e se for para ter amizade depois, ótimo, mas primeiro você conquistou um verdadeiro fã da série, não alguém que leu por puro interesse. As vezes na ânsia de querer comentários, muita gente vai para o fácil, olha seriado que é bem comentado e se aproxima do autor justamente por causa disso... Eu sempre fugi desse tipo de gente e sempre conquistei mesmo em inúmeros hiatus leitores novos que sequer sabiam que existia esse tipo de entretenimento e posso dizer, é muito mais vitorioso e gratificante.

- Não comece algo que você não sabe se vai continuar. Cansa ver vários ditos autores que começam do nada e do nada cancelam seus seriados. No desespero de querer comentários, acaba por encerrar a série logo no terceiro episódio. Mas leitor é algo que se conquista e não na velocidade da luz. Na época em que comecei não existia essa inúmera safra de seriados virtuais que existem hoje, muito menos existia uma comunidade destinada a isso para divulgar e nunca o meio estava tão em evidencia, no começo ralei bastante em busca de leitores e os comentários foram conseqüências dessa luta. Não entre nessa se você acha que daqui a pouco vai ter uma vida mais que ocupada e não poderá dar continuidade a sua série. Pois o leitor não tem obrigação de comentar, mesmo assim ele o faz, então obrigação sua é ter respeito com o mesmo. Quantas séries iniciaram e hoje ainda sequer completaram suas temporadas iniciais e faz mais de 1 ano que estão em hiatus? Como conseguirá reconquistar aquele que se comprometeu a ler? Se lá na frente, na segunda ou terceira temporada, por não vivermos disso
(pois temos que trabalhar e ter vida social, obviamente) tivermos que nos ocupar com outras coisas, é completamente compreensível, apenas busque sempre alertar o leitor de como anda o procedimento e nunca os deixe pensar que você os abandonou.

- Seja um autor que sempre teve na veia a vontade de escrever. O maior problema são as pessoas que caem de pára-quedas no meio, simples fãs de seriados de televisão, ou simples pessoas que lêem dois episódios de uma série virtual, vê seus comentários e acha que é possível fazer o mesmo. Não condeno quem descobre o talento tarde, pois sei que acontece, mas é raro. Se você acha que essa não é sua praia, continue apenas lendo e dando palpites nos comentários, pois do contrário é muito provável que você se torne como muitos que envergonham o meio, pessoas que lançam uma série, cancela, divulga outra, cancela sem estrear, escrevem as mais diversas porcarias e etc.

- Cuidado com as cópias descaradas. Não é porque você é fã de algo na tv, que precisa escrever exatamente a mesma coisa, principalmente o que está na moda. É série de sobrenatural em evidência? Lá vem o galego escrever uma exatamente igual, na desculpa esfarrapada que é inspirada em tal série. É série sobre vampiros? Lá vem o galego descrever as mesmas cenas que ocorrem em
Crepúsculo e The Vampire Diáries. É fã de adolescentes que não tem porcaria nenhuma na cabeça e só pensa em gastar o dinheiro do pai, usar drogas e transar? Lá vem o galego escrever derivados de Gossip Girl com 90210 e pitadas de The O.C com Malhação que todos nós já sabemos como vai começar e terminar. E não falo do gênero, falo do plagio... O teen por mais criticado que seja, ainda rende e inevitavelmente você irá usar algum dos famosos clichês de qualquer gênero que você seja fã... E isso não é ruim. Ruim é o fã da série televisiva escrever a mesma série, apenas camuflada por outros nomes.

- Seja um autor atencioso. Eu sempre dei liberdade para os meus leitores escreverem o que querem, dentro do nexo e com base em algo sólido, o leitor tem total direito de criticar, e você, como autor, tem total direito de expor o seu ponto de vista, mas sempre atento a escutar e nunca ofendendo quem está criticando, embora alguns passem dos limites.


Nunca deixe de responder um comentário e agradecer pelo mesmo, pois isso mostrará a importância que o leitor tem dentro da sua comunidade, pois eles não são obrigados a fazer, e só pelo fato de aparecer para comentar, já é mais do que motivo para agradecer muito, muito, por ter feito. Eu particularmente desisto de séries em que o autor sequer faz questão de agradecer pelo meu comentário, então fica a dica para os que abrem tópicos reclamando de falta de comentários, mas que na hora de agradecer quem fez, desaparece.

Assim encerra a primeira temporada da nossa série de matérias intituladas de
“NÃO SEJA ZÉ!”... Existem muito mais coisas a serem discutidas, então deixaremos isso para uma eventual 2ª temporada, lá na frente, pois mesmo com 4 anos de seriados virtuais, ainda tenho muita coisa a aprender.

Um grande abraço a todos.

 
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